terça-feira, 6 de setembro de 2016

"30 ideias para viver melhor". Dia 4.


Julgamos tudo e todos, mesmo que inconscientemente. Há quem se deixe dominar por isso. Há quem se baseie somente nos seus julgamentos e se esqueça de interpretar a realidade. Há ainda quem se feche em si mesmo por tanto julgar e pouco se abrir ao mundo e à humanidade. Por defesa, por medo, por receio, há uma necessidade de controlo que nos tolha, tantas e tantas vezes, o raciocínio e o bom senso, limitando as nossas possibilidades de crescimento.

Fechamo-nos à descoberta e à novidade que o outro e a vida nos oferecem diariamente enquanto estamos focados em fazer planos. Temos pavor à mudança e ao desconhecido e perdemos grandes oportunidades de nos descobrirmos melhor uma vez que, por incrível que pareça, por vezes, o caminho mais curto para chegar a nós mesmos são os outros.
Para praticarmos o não julgamento ou, vá, a moderação do julgamento, precisamos de praticar a estabilidade emocional e a aceitação da realidade, tal e qual como ela, satisfatória ou não, mas sempre mutável e não permanente.

Como conseguimos isso? Através da empatia. Colocarmo-nos no lugar do outro, deixá-lo expressar-se, deixá-lo ser ele próprio na sua essência, deixá-lo explorar o seu potencial, tentar ver o mundo e a vida através dos seus olhos. Quanto à vida, em prol da sensação de liberdade, aceitá-la e substituir os momentos de constante julgamento pela apreciação pura do que vai acontecendo no seu decorrer.

Eu já tive um salto de fé maior do que alguma vez julguei ser possível. Ao fim de tantos anos de amores conturbados, coloquei todas as fichas da minha fé num amor pacífico e bondoso que não julguei ser possível de me completar. Pela primeira vez calei pensamentos, gritos e devaneios de medo, não dei antena a ataques de ansiedade motivados pela saída da zona de conforto. E sou feliz porque a vida está a acontecer, não segundo os meus caprichos de menina mimada mas segundo a maturidade de menina mulher. E foi na empatia que criei com aquele ser maravilhoso que hoje amo uma ligação de tal forma respeitosa que me enche de paz. O dia em que não o julguei pela capa foi o dia que mudou a minha vida pelo melhor.

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